03 de julho
Faleceu na manhã desta terça-feira, 3, no Rio Grande do Sul, o indigenista e historiador Antonio Jacó Brand, 62 anos. O motivo atestado da morte foi falência múltipla de órgãos.
Desde o final da última semana, Brand se recuperava de um ataque cardíaco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre.
Logo após cirurgia no coração para acertar um problema na válvula mitral, procedimento considerado simples pelos médicos, Brand sofreu um infarto e não resistiu. O sepultamento ocorrerá em Montenegro (RS), cidade natal de Brand.
Com tristeza e consternação o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) recebe a notícia e se une à família de Brand numa dor inexprimível, repleta de ausência e perplexidade.
Todavia, de memória do abnegado lutador da causa indígena. Junto aos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, estado em que residia, Brand esteve durante cerca de 30 anos, até sua morte. Pela Nação Guarani desprendeu grande esforço intelectual e de militância.
Brand foi o fundador do Cimi no Mato Grosso do Sul e secretário executivo da organização, entre as décadas de 1980 e 1990. Atualmente lecionava no Departamento de História da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande (MS), orientando alunos no mestrado e doutorado.
Na hora em que nos inclinamos pesarosos diante da vontade de Deus e de seus juízos insondáveis, agradecemos ao Pai a dádiva que nos concedeu na pessoa de Antonio Brand, incansável defensor da dignidade dos povos indígenas e de seus direitos.