30 de setembro
De 1º a 12 de setembro, brasileiros e brasileiras de todos os estados tiveram a oportunidade de opinar sobre a questão agrária através do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra. O resultado será divulgado nos próximos dias 18 e 19 de outubro, em Brasília (DF).
Mesmo sem o resultado em mãos, Dirceu Fumagalli, coordenador nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), tem uma boa avaliação do Plebiscito. Isso porque, para ele, o objetivo principal foi alcançado: colocar a questão agrária na pauta de debates com a sociedade.
De acordo com ele, temas como Reforma Agrária, concentração de terras e soberania alimentar foram destaques em discussões em sindicatos, entidades sociais e veículos (com exceção das grandes empresas) de comunicação. "O debate ocorreu de forma positiva. Se não fosse o Plebiscito, talvez o tema ficasse fora de pauta", revela.
Para o coordenador da CPT, a sociedade respondeu de forma positiva aos debates levantados em torno da terra. Exemplo disso foi o que ocorreu na área acadêmica. Segundo ele, muitos universitários e professores entraram na discussão e elaboraram artigos e outros materiais a respeito do tema. "Muita gente produziu em cima do debate, são elementos que servem para subsidiar os movimentos populares", afirma.
Próximos passos:
Haverá, nos dias 18 e 19 de outubro, uma plenária em Brasília para divulgar os resultados do Plebiscito e para traçar as estratégias para a continuação do debate.
Enquanto isso, o abaixo-assinado em apoio à emenda constitucional para inserir na Constituição Federal um inciso que limita a propriedade rural em 35 módulos fiscais segue disponível para assinaturas. Os interessados podem assiná-lo em: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322
Mais informações sobre o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra em: http://www.limitedaterra.org.br/index.php
Karol Assunção