05 de junho
A marcha das Jornadas Unitárias de Lutas em Mato Grosso do Sul chegará amanha em Campo Grande, momentos em que muitas pessoas vão se somar à mobilização que tem como lema: Demarcação das terras indígenas e quilombolas; reforma agrária/ contra o capital e pela soberania popular.
Durante a caminhada de ontem, os participantes disseram que “estamos fazendo a marcha pela causa indígena, dos trabalhadores, pela reforma agrária; pois, é preciso dividir a terra e porque não podemos seguir suportando a concentração de territórios em mãos do capital em Mato Grosso do Sul”. As históricas jornadas estão organizadas por um coletivo de movimentos sociais (MST, MMC, MLRA, e pelo Tribunal Popular da Terra/MS (coletivo de entidades, e organizações populares e de defesa dos direitos humanos). Elas acontecem num momento de muita tensão no Estado pela violência, repressão e morte causadas pelos fatores de poder do agronegócio e o agro capital; vinculadas aos partidos políticos de direita e o Governo Federal, perante o avanço da luta indígena e movimentos do campo em defesa de direitos consuetudinários e constitucional. Para tentar frear a luta por demarcação de terra o governador do Estado, inimigo declarado dos povos indígenas, chamou a Força Nacional, que hoje chega a Campo Grande.
Na marcha se cantam consignas como: “demarcação de terras indígenas já”, "pátria livre/ venceremos”; “terra para os brasiguaios”; “viva o povo Terena”; “Oziel Gabriel Vive”.
Fonte: Comissão Pastoral da Terra/MS