Economia Solidária avança: CE já tem 28 moedas sociais

  • 03 de fevereiro

Juntos, os 28 bancos comunitários emprestam, em média, cerca de R$ 2 milhões ao ano a pessoas de baixa renda.
Não tem volta. A economia solidária está enraizada em comunidades e municípios cearenses, transformando a vida de milhares de pessoas que vivem nessas regiões carentes do Estado, e vem crescendo de maneira bastante expressiva.

"O banco é uma grande inovação, de propriedade da própria comunidade e possibilita que os pobres administrem sua riqueza do próprio banco, sem intervenção de fora. Não pensamos nele só como assistência, mas queremos provar que as classes D e E são extremamente produtivas", explica o coordenador geral do Banco Palmas, João Joaquim de Melo Neto.

Renda gerada
De fato, esse tipo de instituição fez com que moradores de bairros como Conjunto Palmeiras, Pirambu, Edson Queiroz, São Cristóvão, além de municípios como Irauçuba, Maranguape e Choró, passassem a gerar emprego e renda a partir da utilização do dinheiro dos moradores dentro da própria região.

Recursos na comunidade
A partir da utilização da moeda social, aceita apenas pelos estabelecimentos do entorno, a renda fica retida na região, não sofrendo o risco de ser gasta em outro bairros, e contribuindo para a elevação das vendas do comércio local, gerando um círculo virtuoso para a economia.

"Isso ajuda a movimentar, a fazer com que a riqueza proveniente do trabalho no município fique a circular ali dentro. Os empréstimos, que normalmente têm juros altos, no comunitário é mais justo. O banco comunitário chega aonde nenhuma experiência de microcrédito chega, porque ele não exige garantias.