14 de fevereiro
Pelo menos uma centena de cooperativas e associações de trabalhadores enviaram ao governo federal um pedido de criação da Secretaria Especial da Economia Solidária. O órgão, que teria status de ministério, seria responsável por articular projetos governamentais de apoio a empreendimentos associativos e também por centralizar as demandas dos cooperados.
Uma carta e um projeto de estrutura para a secretaria especial foram entregues à equipe de transição do governo da presidenta Dilma Rousseff, em dezembro de 2010.
Para Tygel, a secretaria é necessária porque, hoje, políticas públicas voltadas à economia solidária estão dispersas e desarticuladas. Ele disse que a Secretaria Nacional de Economia Solidária, ligada ao Ministério do Trabalho, fomenta o setor como alternativa de trabalho e renda. Entretanto, o Ministério do Meio Ambiente também tem projetos de economia solidária ligados à preservação da natureza e o Ministério da Justiça, projetos de cooperativas sociais para combate à violência.
Além disso, ainda existem projetos estaduais e municipais que apoiam a criação de associações e cooperativas de trabalhadores. "Falta uma cabeça articuladora para coordenar todas essas iniciativas", afirma T ygel. "Temos que fortalecer os processos que têm como característica a priorização do desenvolvimento local e a distribuição de renda".
Tygel defende ainda que a economia solidária tenha prioridade nos projetos que integrarão o chamado "PAC da erradicação da miséria", que está sendo estruturado pelo governo federal. O novo PAC terá como uma de suas diretrizes a inclusão profissional.
"Queremos erradicar a miséria com um ganho na participação política da sociedade. A economia solidária tem esta característica", disse Tygel.
Fonte: Agência Brasil