Um bazar, com produtos cedidos pela Receita Federal, realizado por 94 entidades no Distrito Federal. Esse foi o pontapé inicial de um Fundo Solidário que já rende 67 mil reais. A ideia foi puxada pela Cáritas Arquidiocesana de Brasília e demonstra o potencial para implantação de Fundos Solidários no Centro Oeste brasileiro.
Como etapa de uma pesquisa nacional sobre Fundos Solidários, começa nesta quinta-feira (26), e segue até sábado (28), o I Seminário de Fundos Solidários da Região Centro Oeste. A experiência do bazar será um dos empreendimentos pesquisados. A pesquisa está sendo executada pela Cáritas com recursos da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do governo federal.


O Seminário tem como objetivo incentivar e fortalecer a organização de Fundos Solidários nos estados da região, como forma de apoio às iniciativas produtivas de caráter associativo e comunitário para o desenvolvimento local solidário e sustentável. Estarão presentes 55 representantes dos estados do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, de Goiás e do Distrito Federal.
Vitelio Pasa explica que ainda não há muitos empreendimentos de Fundo Solidário nessa região, "mas há muito potencial de desenvolvimento". Nesse sentido, ele espera que o Seminário possa ser um impulsionador de novas articulações em torno do tema dos Fundos Solidários no Centro Oeste.
O assessor cita o estado da Paraíba como um exemplo no desenvolvimento de ações de Fundo Solidário, reunindo cerca de 600 empreendimentos. Sementes, dinheiro, animais, dias de serviço são exemplos de como um Fundo pode se organizar. "Há uma infinidade de experiências que devem ser valorizadas", afirma Vitelio, que argumenta a necessidade de transformação do Fundo Rotativo Solidário em política pública.
Camila Maciel